De acordo com as mídias nacionais egípcias, o governo egípcio aumentou os preços da gasolina em quase 15% na sexta-feira, sendo esta a primeira ajuste de preços em 2025. O objetivo dessa medida é seguir os requisitos do programa de ajuda da Fundação Monetária Internacional (FMI) no valor de US$ 8 bilhões e reduzir os subsídios ao combustível.
Há um mês, a FMI aprovou o repasse de US$ 1,2 bilhões para o Egito após a conclusão da quarta revisão do programa de empréstimo assinado pelo país no ano passado. Desde então, as taxas de vários produtos combustíveis aumentaram de 11,76% a 14,81%. O diesel, um dos combustíveis mais usados no Egito, teve o preço aumentado em 2 libras egípcias, subindo de 13,50 libras por litro para 15,50 libras. O preço da gasolina aumentou 14,5% de acordo com a sua qualidade, sendo que a gasolina 80 subiu para 15,75 libras, a gasolina 92 para 17,25 libras e a gasolina 95 para 19 libras. Ao mesmo tempo, o preço do butano usado para cozinhar aumentou de 150 libras para 200 libras por garrafa.
Desde 2016, o Egito mantém uma relação contínua de financiamento com a FMI. Naquela época, o país concordou com um programa de empréstimo de US$ 12 bilhões para revitalizar sua economia após anos de instabilidade política. A FMI instou o governo egípcio a reduzir os subsídios ao combustível, à eletricidade e aos alimentos, ao mesmo tempo em que expandia a rede de segurança social. O governo egípcio afirmou que, até o final deste ano, parará de conceder subsídios ao petróleo, mas continuará a subsidiar o diesel em certo grau.
Em 2024, a receita do Canal de Suez, principal fonte de divisas do governo egípcio, caiu drasticamente e a produção de gás natural também tem diminuído, o que agravou as dificuldades econômicas do país e o fez enfrentar uma escassez de dólares. O Egito precisa desses dólares para importar gás natural, petróleo e trigo para atender ao seu vasto programa de subsídios alimentares.