Recentemente, a demanda de empresas indianas por novas fontes de energia tem se tornado um grande impulso para os exportadores de gás natural dos Estados Unidos. Analistas apontam que as exportações de gás natural dos EUA são um dos principais beneficiários do compromisso dos líderes Donald Trump e Narendra Modi em fazer da Índia um grande comprador de energia dos EUA.
Na semana passada, Modi e Trump se reuniram e concordaram em aumentar as exportações de petróleo e gás natural dos EUA para a Índia, como parte de um esforço para equilibrar as relações comerciais entre os dois países. Embora a Rússia seja atualmente o principal fornecedor de petróleo da Índia e o Catar o maior fornecedor de gás natural liquefeito (GNL), os EUA, como o maior exportador de GNL do mundo, têm aumentado sua participação no mercado indiano, com previsão de alcançar cerca de 20% do fornecimento de gás da Índia até 2024.
O ministro indiano de Petróleo e Gás Natural, Hardeep Singh Puri, afirmou que a Índia tem uma enorme demanda por mais energia e que o governo decidiu aumentar a participação do gás natural na matriz energética do país de 6% para 15% até 2030. Para atingir essa meta, a Índia precisará importar mais gás natural, e os exportadores dos EUA estão se tornando os principais fornecedores dessa demanda crescente.
Um relatório da Agência Internacional de Energia (AIE) prevê que o consumo de gás natural da Índia aumentará quase 60% até 2030, e as importações de GNL deverão mais do que dobrar. Recentemente, empresas indianas assinaram acordos de fornecimento de gás com vários países, incluindo os EUA. A Índia já comprou energia no valor de US$ 20 bilhões dos EUA e planeja aumentar esse volume para reduzir o superávit comercial com os EUA.
A indústria de GNL dos EUA afirmou que está pronta para aumentar as exportações para a Índia. A Venture Global, uma das maiores fornecedoras de GNL dos EUA, recentemente iniciou a operação de sua grande planta de liquefação de Plaquemines, na Louisiana, o que lhe permite fornecer mais gás para a Índia e outros países asiáticos. O CEO da empresa, Mike Sabel, declarou: "Estamos em uma posição favorável e temos a capacidade de cumprir a promessa do presidente Trump, fornecendo GNL adicional aos aliados dos EUA para atender à crescente demanda global por energia."