O Ministério da Agricultura e Abastecimento de São Paulo (SAA) planeja promover a Makaubape, uma variedade de palmeira nativa do Brasil, como uma alternativa sustentável à produção de biodiesel, no estado de São Paulo, por meio da Coordenação de Assistência Técnica Integral (CATI), a qual tem potencial de alto valor econômico e ambiental, pode ser adaptada a diferentes solos, incluindo terrenos acidentados, e é um bom substituto para áreas marginais ou restauradas. Segundo o Ministro da SAA, Guilherme Piai, a palmeira pode restaurar áreas ambientais degradadas, gerar renda local e é uma escolha importante para produtores rurais em São Paulo.
A participação da CATI pode acelerar o processo de integração e permitir que pequenos e médios agricultores aproveitem o Estado de São Paulo como um centro nacional de produção de óleo vegetal. Marcos Augusto Junior, Diretor Técnico do Centro de Mudas da CATI, enfatizou que o suporte técnico profissional é essencial para o uso comercial em larga escala. O Instituto Agronômico (IAC) espera lançar a primeira variedade comercial para cultivo em larga escala nos próximos anos, obtendo materiais de alto desempenho por meio da clonagem de genótipos de hibridização direcionada entre plantas de alto valor agronômico.
Em 2023, o IAC cooperou com Mubadala da Acelen Renovaveis, que comprou a refinaria de Mataripe e planejou plantar 180.000 hectares de palmeiras para produzir biocombustíveis. O biodiesel é o produto da reação de gorduras animais ou vegetais com álcool, e o Makaubape pode produzir cinco vezes a quantidade de óleo de soja no mesmo espaço de produção.
Além disso, a Lei dos Combustíveis do Futuro, recentemente promulgada no Brasil, estabelece programas nacionais para diesel verde, combustível de aviação sustentável e biometano com o objetivo de substituir combustíveis fósseis por materiais sustentáveis, e novos percentuais mínimos e máximos de misturas de etanol e biodiesel com gasolina e diesel a serem vendidos aos consumidores em postos de gasolina em todo o país. Aumentará ainda mais a produção de Makaubape como biocombustíveis.