Em 18 de fevereiro, os contratos futuros do petróleo Brent registraram um leve aumento devido à redução do fluxo de petróleo exportado do Cazaquistão através do oleoduto russo. Segundo a Reuters, essa mudança ocorreu após um ataque de drones a uma estação de bombeamento em um oleoduto no sul da Rússia, embora o aumento tenha sido limitado pelas expectativas de que o fornecimento será retomado em breve.
Às 04h54 GMT, o preço do petróleo Brent subiu 15 centavos, alcançando US$ 75,37 por barril, com um aumento de 0,2%. Ao mesmo tempo, o preço do petróleo West Texas Intermediate (WTI) dos EUA também subiu 67 centavos, atingindo US$ 71,41 por barril, compensando parcialmente o impacto causado pelo feriado do Dia do Presidente nos EUA, que impediu a liquidação das transações de segunda-feira.
O estrategista da IG Markets, Yeap Jun Rong, comentou por e-mail: "O principal fator que tem impulsionado os preços do petróleo recentemente são as expectativas de oferta. A interrupção no oleoduto do Cazaquistão, após o ataque à Rússia, tem fornecido suporte aos preços do petróleo, aliviando parte do sentimento negativo." O ataque afetou as entregas de petróleo de empresas ocidentais, como Chevron e ExxonMobil, do Cazaquistão para os mercados globais.
Embora a interrupção do fornecimento no curto prazo tenha ajudado a impulsionar os preços, analistas de mercado acreditam que os ganhos a longo prazo podem ser limitados. Yeap explicou: "O mercado pode esperar um aumento adicional da oferta por parte da Opep+ e da Rússia, enquanto a perspectiva de demanda, especialmente da China, ainda é cheia de incertezas."
Analistas da BMI, em um relatório, preveem que, devido ao excesso de oferta no mercado, tarifas e tensões comerciais, o preço médio do petróleo Brent em 2025 será de US$ 76 por barril, uma queda de 5% em relação ao preço médio de 2024. Além disso, os países produtores da Opep+ já indicaram que não consideram adiar os planos de aumento gradual do fornecimento mensal, que devem começar em abril.
Outro fator que os mercados estão acompanhando de perto é o progresso nas negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia. Autoridades dos EUA e da Rússia devem se reunir na Arábia Saudita na terça-feira, o que pode afetar ainda mais os preços do petróleo. Neil Crosby, analista da Sparta Commodities, comentou: "O mercado de petróleo parece estar enfrentando diversos fatores de baixa, sendo a maior incerteza o resultado das negociações sobre a Ucrânia. O petróleo russo pode voltar parcialmente ao mercado legítimo, mas há várias possibilidades para o desfecho."